Bandeira Municipal
Instituída pela Lei Municipal nº 1.015, de 09 de novembro de 1972, a bandeira foi desenhada com elementos que traduzem a geografia, a luta e os valores que moldaram a nossa cidade.
A bandeira é retangular, com fundo azul e uma faixa branca diagonal. No centro, há um círculo verde com a palavra “PEDERNEIRAS” escrita em preto, formando uma cruz. Apontando para o centro, quatro flechas - duas vermelhas e duas azuis. No canto inferior esquerdo, três estrelas brancas.
O que cada elemento significa?
A bandeira é um símbolo vivo da nossa história e um lembrete do orgulho de sermos pederneirenses. Ao conhecer o significado por trás de cada cor, forma e símbolo, valorizamos ainda mais a nossa identidade.
Brasão Municipal
O brasão de Pederneiras, instituído pela Lei nº 479 de 23 de abril de 1957, carrega símbolos que contam a história e as raízes do município. O escudo português faz referência à origem lusitana do Brasil, como forma de homenagem ao povo descobridor. A cruz latina presente no brasão representa a sede paroquial de Botucatu (Freguesia de Santana), enquanto as três estrelas de ouro simbolizam os sertanistas Manoel dos Santos Simões e seus filhos Manoel Leonel dos Santos e João Leonel dos Santos, que chegaram à região em 1848, fundaram a Fazenda Pederneiras e deram início ao povoado que hoje é uma cidade em constante desenvolvimento.
O campo azul reflete o céu claro e luminoso da terra bandeirante. As três flechas de ouro vermelho representam as batalhas travadas entre os índios e os sertanistas que avançavam em direção ao Oeste em busca das riquezas naturais, expandindo os limites da linha de Tordesilhas para o interior do continente sul-americano. Essas flechas também remetem ao martírio de São Sebastião, padroeiro da primeira capela erguida no local — a Capela de São Sebastião da Alegria — que, após reformas, tornou-se a igreja matriz da cidade. Nesse mesmo solo, ocorreram confrontos sangrentos entre os primeiros habitantes e os povos indígenas, incluindo o episódio em que o sertanista Manoel dos Santos Simões tombou heroicamente durante um ataque de surpresa. A cor vermelha presente no brasão representa essas lutas e estratégias.
O rio de prata em campo verde simboliza o rio Tietê, via histórica de acesso às matas do interior paulista desde os primeiros tempos da colonização. As duas pederneiras faiscantes destacam a grande quantidade de pedra-de-fogo encontrada na região — elemento que, ao ser atritado, produz faíscas luminosas e que dá nome ao município. Já os ramos de café e arroz representam a força da produção agrícola local, que, junto a outros cultivos, sustentam a economia do município. O verde simboliza a esperança e o tapete verde das florestas que cobrem a região.
Por fim, o brasão traz duas datas importantes: 1848, que marca a fundação de Pederneiras pelos primeiros sertanistas, e 1891, ano em que o município foi oficialmente criado com a denominação de São Sebastião da Alegria, desmembrando-se de Lençóis, ao qual estava incorporado desde 24 de abril de 1865. Na época, a população abastecia-se por meio do comércio na Vila de Fortaleza, hoje estação de Piatã.
Hino Municipal
Instituído pela Lei Municipal nº 1.901, de 1994.
A letra é de autoria do sr. Roberto Gonçalves Juliano e a melodia foi composta pelo maestro Vidal França. Juntos, eles criaram uma obra que traduz com sensibilidade e orgulho a alma pederneirense.
“Pedra de fogo…
Água cristalina…
Tietê hoje é Hidrovia,
Uma história que vem de Minas:
Três sertanistas,
Na terra roxa,
Sementes da paz
que aqui germina.
Fomos forjados de amores brasileiros,
um universo de cores e timbres estrangeiros,
um universo de cores e timbres estrangeiros.
São bem bonitas nossas bandeiras,
dizem bem alto de Pederneiras,
dizem bem alto de Pederneiras.
Somos irmãos, partes da mesma flor,
destino do sangue que o azul irrigou;
são muitas raças, encontros de amor,
o mundo inteiro no meu interior.
Rio Tietê, canto com você uma vida inteira…
Há muitas estórias vivas na memória de Pederneiras.
Pedra de fogo…
Água cristalina…
Tietê hoje é Hidrovia,
a história retorna a Minas:
Três sertanistas,
na terra roxa, sementes da paz
que aqui germina.
Fomos forjados de amores brasileiros,
um universo de cores e timbres estrangeiros,
um universo de cores e timbres estrangeiros.
São bem bonitas nossas bandeiras,
dizem bem alto de Pederneiras,
dizem bem alto de Pederneiras.
Somos irmãos, partes da mesma flor,
destino de sangue que o azul irrigou;
são muitas raças, encontros de amor,
o mundo inteiro no meu interior.
Rio Tietê, canto com você uma vida inteira…
Há muitas estórias vivas na memória de Pederneiras”.
Representante do Município
Indígena Vanuí
Vanuí é uma personagem fictícia criada para representar a história e a cultura do povo indígena Kaingang, os primeiros habitantes das terras onde hoje está Pederneiras. Ela foi inspirada em Vanuíre, uma indígena Kaingang que ajudou na comunicação entre seu povo e o governo, simbolizando a paz e a resistência.
Os Kaingang viveram na região há mais de 3 mil anos, ocupando o planalto entre os rios Tietê, Paranapanema, do Peixe e Aguapeí. Com o avanço da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, surgiram conflitos, tragédias e perseguições. Para tentar resolver isso, o governo criou o Serviço de Proteção aos Índios (SPI) em 1910 e formou aldeamentos, como o de Vanuíre.
Diz a lenda que Vanuíre cantava músicas de paz no alto de um jequitibá para acalmar os ânimos. Assim, Vanuí mantém viva essa história de resistência e reconciliação, inspirando crianças e jovens a conhecerem e valorizarem nossas raízes.