Devido ao aumento dos casos de violência contra a mulher em Pederneiras, as amigas Maria da Glória Batista e Aline Veroneze resolveram sair às ruas para pedir o fim da violência contra as mulheres. A dupla montou uma página em um veículo de comunicação para convidar a população a participar do movimento. O ato, intitulado “Nem uma a menos”, se reuniu na manhã do dia 15 de novembro. Aproximadamente 75 pessoas, vestidas de branco, com bexigas e rosas vermelhas nas mãos saíram às ruas para buscar a paz e respeito com as mulheres.
Depois de uma semana do ato, os assessores da deputada Ana Perugini entraram em contato com as organizadoras, para uma breve reunião, em que pudessem conversar sobre a manifestação. Após três dias os assessores retornaram e convidaram as amigas para participar do Seminário “Mulheres no Poder” que foi realizado nos dias 13, 14, 15 de Dezembro na cidade de Brasília. O Seminário foi organizado pela Procuradoria Especial da Mulher do Senado, em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência do Senado, o Banco Mundial e a ONU Mulheres. O encontro reuniu legisladores, representantes dos setores público e privado, entidades do movimento organizado de mulheres e organismos internacionais. Os três dias abordaram diversos temas e diálogos sobre empoderamento político, econômico social, enfrentamento a violência contra as mulheres.
As amigas participarem do seminário e aproveitaram a oportunidade de representar o município e ainda entregaram um oficio do prefeito Daniel Pereira de Camargo para a deputada Ana Perugini para que ela juntamente com o estado interceda para a construção de uma delegacia da mulher em Pederneiras.
“O seminário foi de grande valia, acredito que as mulheres precisam se unir, pois a falta de representação feminina no Congresso se reflete diretamente na ausência de políticas públicas para as mulheres. Além disso, sem a participação feminina, assuntos importantes como planejamento familiar, divisão de trabalhos domésticos, equiparação salarial, aborto, gravidez, licença maternidade, dificilmente são tratadas de forma que consiga atender as nossas necessidades”, disse Glória.