Programa JEPP do Sebrae-SP proporciona experiência real de empreendedorismo a alunos de Pederneiras
Pelo terceiro ano consecutivo, alunos da rede municipal de Pederneiras concluíram o ciclo do Programa JEPP (Jovens, Empreendedores Primeiros Passos) do Sebrae-SP
A Prefeitura Municipal de Pederneiras, por meio da Secretaria de Educação e em parceria com o Sebrae-SP, concluiu pelo terceiro ano consecutivo o ciclo do JEPP, (Programa Jovens Empreendedores Primeiros Passos). As feiras de encerramento, realizadas na última semana de novembro, reuniram cerca de 970 alunos de sete escolas da rede municipal, que apresentaram os projetos desenvolvidos ao longo do ano letivo a partir da metodologia empreendedora proposta pelo programa.
A estudante Paola Rafaela Santos Dutra, da EMEIF Professora Christina Cecília Luporini de Freitas Pereira, foi uma das participantes. Entusiasmada com a experiência, ela já faz planos para o futuro.
“Quero ter uma loja de eletrônicos e uma clínica de estética”, afirma. Durante a feira, enquanto vendia os brinquedos produzidos em sala, calculava mentalmente lucros e custos — uma das atividades que mais gostou nas aulas.
O aluno Davi Luiz Rosetti, da EMEIF Prof. Antônio Simões, no Distrito de Guaianás, também se destacou. Ele conta que aprendeu a definir preços e aplicar conceitos de matemática no dia a dia.
“Eu gosto de vender, mas na escola gostei mesmo foi de calcular o preço de venda. Até ajudei minha mãe no carrinho de lanches”, relembra. Na feira, comercializou geladinhos de abacaxi e conquistou os visitantes com seu carisma: “Aqui você compra um geladinho e, de brinde, ganha um docinho”, anunciava.
Desenvolvimento integral e protagonismo estudantil
De acordo com a supervisora pedagógica da Prefeitura, Adriana Andrade, o JEPP tem proporcionado avanços expressivos na autonomia, na comunicação e no trabalho em equipe.
“Os alunos participaram de todas as etapas do processo empreendedor, aplicando conhecimentos matemáticos de forma prática. O crescimento na criatividade, na resolução de problemas e na postura empreendedora ficou evidente. Eles demonstraram segurança ao apresentar seus produtos e interagir com o público”, destaca. Segundo ela, a feira reforçou o protagonismo estudantil, o desenvolvimento socioemocional e o sentimento de pertencimento, tornando a experiência “formativa e transformadora” para a rede.
Sustentabilidade e inovação nas práticas pedagógicas
Entre os projetos desenvolvidos, chamou atenção a produção de brinquedos ecológicos e a restauração de peças doadas pela comunidade. A proposta integrou sustentabilidade, responsabilidade social e inovação, estimulando os alunos a criar, cuidar e reinventar objetos. As ações permitiram que as crianças compreendessem o valor de dar novos destinos a materiais já existentes, ampliando o aprendizado por meio de experiências reais.
Para o secretário de Educação, Daniel Pereira de Camargo, o JEPP fortalece competências essenciais à formação integral dos estudantes.
“A educação empreendedora estimula criatividade, autonomia, responsabilidade e capacidade de resolver problemas. Também fortalece os vínculos entre escola, família e comunidade”, ressalta.
Ele destaca ainda a ação de doação e restauração de brinquedos, conduzida por professores e alunos, como exemplo de colaboração, sustentabilidade e construção coletiva.
A consultora de negócios do Sebrae-SP, Patrícia Zuccari, reforça a importância da abordagem desde os anos iniciais.
“Fomentar o empreendedorismo no ensino fundamental desperta comportamentos essenciais para o desenvolvimento humano, como trabalho em equipe, criatividade e tomada de decisão — competências fundamentais para quem deseja empreender ou atuar como colaborador”, afirma.
Educação Empreendedora
A proposta do Sebrae-SP para o ensino fundamental está alinhada aos quatro pilares da Unesco, incentivando autoconhecimento, autonomia, coletividade e novas aprendizagens. Com atividades lúdicas, o JEPP estimula os alunos a assumir riscos calculados, tomar decisões e identificar oportunidades de inovação, desenvolvendo protagonismo e cooperação.
Para aderir ao programa, municípios e instituições interessadas devem procurar o Sebrae-SP. A capacitação dos professores tem carga horária de 45 horas, distribuídas entre os ciclos, garantindo a preparação adequada para aplicar a metodologia em sala de aula.
