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SET
24
24 SET 2021
MEMÓRIA PEDERNEIRAS: Implantação da energia elétrica de Pederneiras
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MEMÓRIA PEDERNEIRAS
IMPLANTAÇÃO DA ENERGIA ELÉTRICA DE PEDERNEIRAS

As notícias não são das melhores para o setor hídrico brasileiro. Ouvimos, a todo momento através dos meios de comunicação, várias informações sobre a escassez de chuvas e suas consequências para a economia brasileira. Estamos sofrendo ameaças de repetir o grave apagão ocorrido no ano de 2001.

Diante desta triste realidade, o tema deste mês de setembro do “Memória Pederneiras” é a chegada da energia elétrica na cidade de Pederneiras e sua importância para a vida social e econômica do nosso município.

Em setembro de 1927, um grupo de fazendeiros e industriais de Pederneiras fundaram, por entre sociedade de cotas, a Empresa de Força e Luz de Pederneiras Ltda. Cada cota tinha o valor de um conto de réis (que, convertendo para a moeda Real, seria R$ 123.000,00). Os acionistas eram Antonio Florêncio Pereira, Mario de Barros Camargo, José Razuk e Irmão, José Augusto de Carvalho, Antônio Ferraz Prado, José Comegno, Attilio De Conti, Josino Florêncio Pereira, Pedro Copedê, Pedro da Costa Sampaio, Dário Beltramini, Michel Neme e Companhia e Francisco Razuk e Irmãos. O objetivo principal do grupo era ter energia para suas propriedades e a venda de energia elétrica para a Prefeitura Municipal foi uma consequência da necessidade dos munícipes. Em troca da concessão do local para a instalação da usina, Antonio Florêncio Pereira exigiu o direito de receber até 30HP (potência do motor) de energia gratuita para abastecimento de sua propriedade.

A construção da usina foi iniciada às margens do Ribeirão Grande, na Fazenda Lageado, após a assinatura do contrato social, em 27 de agosto de 1928. Era uma construção arrojada para a época, com canal de 500 metros de comprimento, 5 metros de largura e 4 metros de altura, e mais a casa de máquinas. Tudo foi construído com pás e picaretas, com carroças puxadas por burros no transporte de terra. Os geradores e transformadores foram adquiridos em São Paulo através da Siemens Schukert. Foram importados da Alemanha e transportados até Pederneiras pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Ao chegarem à estação ferroviária, foram conduzidos até a usina, na Fazenda Lageado, por um caminhão Ford de propriedade de Romão Torres. Devido à inexperiência dos encarregados da construção da usina, houve o rompimento de uma das paredes laterais da casa de máquinas, levando tudo água abaixo. Porém, Antonio Florêncio Pereira e sócios não desistiram e continuaram procurando recursos, pois os prejuízos foram grandes. Sob a orientação do engenheiro Walter Ashauer, de São Paulo, foi realizada a recuperação da usina e essa passou a funcionar normalmente.

A assinatura do contrato entre a Empresa de Força e Luz de Pederneiras Ltda e a Câmara Municipal aconteceu em 05 de setembro de 1929. A energia era fornecida à cidade em sistema de livre concorrência, isto é, podia ser fornecedor de energia a Empresa de Força e Luz de Pederneiras Ltda, bem como a Companhia Paulista de Força e Luz. Pederneiras então passou a ter energia à vontade, fazendo serviço completo às residências, à iluminação das ruas e ao fornecimento às indústrias. Nas ruas, haviam duas linhas de energia. De um lado a Companhia Paulista de Força e Luz, e de outro, a Empresa de Força e Luz de Pederneiras Ltda. Por volta de 1935, a Empresa Força e Luz começa a fornecer energia completa à cidade. Por volta de 1960, o governo estadual desativou a Companhia Paulista de Força e Luz em algumas regiões do estado e em Pederneiras, a energia passou a ser fornecida pela Companhia Hidrelétrica de Rio Pardo. A empresa de Pederneiras aguardava pelo compromisso firmado com o governo estadual, sendo que esse daria participação na usina de Barra Bonita, o que não aconteceu. O resultado foi a desativação da Empresa de Força e Luz de Pederneiras Ltda pelo governo estadual, autorizado pelo governo federal, de acordo com o decreto nº. 60.054, de 12 de janeiro de 1967. Em face deste, o governo estadual baixou o decreto nº. 47 de 25 de abril de 1967, declarando encampados os bens e instalações da referida empresa, autorizando a desapropriação da mesma pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica, que os entregou à administração das Centrais Elétricas de São Paulo – CESP. Segundo o atual proprietário da Fazenda Lageado, Sebastião Florêncio Pereira Junior, o valor ofertado pela desapropriação era irrisório e seu pai, Sebastião Florêncio Pereira, contratou um avalista para determinar o valor real da usina. De posse do valor real, um processo judicial foi iniciado pelos acionistas até que a indenização correta fosse recebida.

Assim, a Empresa de Força e Luz de Pederneiras Ltda, após 40 anos de trabalho, encerrou suas atividades e a Usina Lageado foi desativada, visto ter sido inundada pelo represamento das águas da barragem da Usina de Bariri. Atualmente, Pederneiras recebe energia elétrica produzida pela Usina de Barra Bonita que está construída no Rio Tietê, no trecho localizado no município de Barra Bonita, e é distribuída pela Companhia Paulista de Força e Luz – CPFL.


Placa da Empresa




Ana Severina Arantes e Antonio Florêncio Pereira



Ruínas da Hidrelétrica na Fazenda Lageado



Ruínas da Hidrelétrica na Fazenda Lageado


 

Memória Pederneiras

Recordar é valorizar a história de nossa cidade. O quadro Memória Pederneiras aborda todo mês uma personalidade, prédio, evento, entre outros, que aconteceu em nossa cidade para resgatar e estimular a cultura histórica de Pederneiras.

 

Fontes:         

http://www.cih.uem.br/anais/2017/trabalhos/4204.pdf

http://acervo.energiaesaneamento.org.br/consulta/ExibirDetalhes.aspx?funcao=kFundo&id=20 

Site Baú de Memórias

Rinaldo Toufik Razuk

Luciana Pereira Pinheiro da Silveira

Sebastião Florêncio Pereira Junior

Fotógrafa Maria da Glória Batista

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