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20
20 AGO 2021
MEMÓRIA PEDERNEIRAS: DOM SÍLVIO MARIA DÁRIO
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MEMÓRIA PEDERNEIRAS: DOM SÍLVIO MARIA DÁRIO

 

Sétimo filho do casal de imigrantes italianos Marcelo Dário (denominação de rua localizada no Jardim Santa Lúcia) e Marcelina Cestari, Sílvio Dário nasceu em Pederneiras, no dia 15 de agosto de 1919. Eram seus irmãos Júlio Antonio Dário (denominação de rua no Jardim Alvorada), João, Adelina, Décio, José, Alfredo, Ninfa e Roberto.




 

Em 27 de dezembro de 1919, Sílvio foi batizado com o nome de “Sylvio” pelo padre Alfredo Cangueiro. O responsável pela paróquia de Pederneiras era o Padre Nicolau Scorachio. O batismo foi realizado na antiga igreja de São Sebastião e os padrinhos foram o casal Carlos Moretto e Pasqua Saggiori. Sempre foi um garoto muito tranquilo. Frequentava regularmente a paróquia, sendo coroinha da igreja São Sebastião na época em que padre Ernesto Cangueiro, irmão do padre Alfredo, atuava como pároco.

 

Com a deflagração da Revolução de 1932, o garoto Sílvio acompanhou aflito as notícias vindas de toda a região de Bauru. Nesse mesmo período, aos 13 anos, toma consciência de sua vocação sacerdotal, orientado pelos conselhos do padre Ernesto Cangueiro. Assim, com a permissão e bênção de seus pais, é matriculado no Seminário Diocesano de Botucatu. Nos primeiros anos de Seminário, se encanta com a vida e ensinamentos do Padre José de Anchieta. Com mais maturidade, dedica-se ao estudo da Sagrada Escritura, pois a considerava a alma de toda a teologia. Na sua caminhada espiritual, é notável a devoção de Sílvio pela Mãe de Jesus. Ele cultuava Nossa Senhora como alguém imitável e cujos exemplos o aproximaram de Jesus Cristo.

Pode ser algo estranho para os dias atuais, mas Sílvio obteve seu registro civil já na sua mocidade. Durante férias no Seminário, veio à Pederneiras e registrou seu nascimento no cartório local. Foi nesse momento que adicionou a seu nome “Maria”, demonstrando sua devoção.

Foi ordenado diácono no dia 05 de março de 1944, na Capela do Seminário Central do Ipiranga, em São Paulo, onde concluiu seus estudos. Em 8 de dezembro de 1944, dia da Imaculada Conceição, Sílvio é ordenado, na Catedral de Sant’ana, Botucatu. Além da função de padre, Sílvio se torna gerente e chefe de expedição da revista “A Messe”, publicação trimestral que divulgava as atividades do Seminário Menor de Botucatu e motivava a Obra das Vocações Sacerdotais. Ficou alguns anos trabalhando no seminário de Botucatu, onde era professor e orientador espiritual dos seminaristas.

Em 1952, padre Sílvio, já com 33 anos, aceita a missão para ser pároco na cidade de Anhembi. É muito bem recebido pela comunidade da Paróquia Nossa Senhora dos Remédios. De muitos trabalhos que realizou em Anhembi, o mais notável foi a liderança na construção do prédio da atual Igreja Matriz da cidade. Desempenhou essa função até o ano de 1964. Recebeu o título de Cidadão Honorário da Câmara de Vereadores de Anhembi em 1966. Até hoje está vivo na memória dos fiéis da localidade.


Devo destacar que padre Sílvio tinha grande apreço pelo ambiente curial. Ele apreciava o serviço burocrático. Trabalhou nessa rotina por 20 anos, o que lhe rendeu os títulos de Cônego, Monsenhor e Chanceler do Bispado de Botucatu. É evidente em relatos de pessoas que o conheceram durante esse período, a personalidade sempre humilde de padre Sílvio. Mesmo executando serviços burocráticos, encontrou tempo para ser diretor do jornal diocesano “Monitor”.

Sempre que era possível, monsenhor Sílvio viajava para Pederneiras para visitar seus familiares. Também não perdia a confraternização da família Dário, que sempre acontecia no dia primeiro de janeiro de todos anos.

No dia 22 de fevereiro de 1965, foi divulgada, pela rádio da Arquidiocese de São Paulo, a elevação do monsenhor Sílvio Maria Dário ao episcopado, para atuar como bispo auxiliar do arcebispo metropolitano de Botucatu. Foi a única ocasião que existiu um bispo auxiliar na Diocese de Botucatu. Esse fato nunca mais voltou a acontecer. A cerimônia de sagração aconteceu no dia 02 de maio de 1965. Durante essa nova missão, Dom Sílvio sempre auxiliou o arcebispo de Botucatu, sendo visitando paróquias ou o substituindo em eventos. Mesmo com o novo título, nunca abandonou seu trabalho pastoral.

Após várias decisões, a Santa Sé modifica o mapa da Igreja Católica na região Sul do Estado de São Paulo. No dia 2 de março de 1968, o Papa Paulo VI cria a Diocese de Itapeva, através de desmembramentos de paróquias da Arquidiocese de Botucatu e das Dioceses de Santos e Sorocaba.

Em 27 de março de 1968 foi anunciada a nomeação de Dom Sílvio Maria Dário como primeiro bispo de Itapeva. A padroeira da nova Diocese é Sant’ana e foi no dia 26 de julho de 1968, dia da santa, a data escolhida para a posse de Dom Sílvio. As cidades que compõe o bispado de Itapeva são Ribeirão Branco, Guapiara, Capão Bonito, Itaberá, Itararé, Buri, Riversul, Itaporanga, Barão de Antonina, Taquarituba, Coronel Macedo, Apiaí, Ribeira, Iporanga, Barra do Turvo, Itaí, Fartura, Taguaí e Paranapanema.

Dom Sílvio permaneceu a frente do bispado de Itapeva até o dia de seu falecimento, em 1º de maio de 1974. Foram celebradas muitas missas em sua homenagem e seu corpo está sepultado na Catedral de Sant’ana, em Itapeva.

Todas essas informações foram extraídas do livro “Dom Sílvio, A História de Um Bispo”, escrito pelo jornalista Gesiel Júnior. Durante a leitura, a obra consegue demonstrar a humildade que foi a vida de Dom Sílvio. Com certeza ele foi uma pessoa muito querida por onde trabalhou, um exemplo de santidade a ser seguido. Cabe a ele um processo de beatificação pois muitas pessoas oram por sua intercessão, principalmente na cidade de Itapeva, onde seu túmulo recebe a visita de muitos fiéis durante o dia todo. Em vida, Dom Sílvio era convidado a ser Paraninfo em formaturas de escolas na cidade de Pederneiras. Era muito querido também de seus conterrâneos. Há uma importante avenida em nossa cidade que possui seu nome.



Formatura Escola Técnica de Comércio Anchieta - 1969



Foi por iniciativa do ex-prefeito Waldomiro Fernandes Mateus, que em setembro de 1980, foi criada a Avenida Dom Sílvio Maria Dário (leia o decreto clicando AQUI)


Avenida Dom Silvio Maria Dário atualmente (Ago/2021)

Quem tiver interesse em conhecer mais detalhes de sua vida, pode ir até a Biblioteca Municipal “Paula Rached” e emprestar o exemplar do livro citado.



 

Memória Pederneiras

Recordar é valorizar a história de nossa cidade. O quadro Memória Pederneiras aborda todo mês uma personalidade, prédio, evento, entre outros, que aconteceu em nossa cidade para resgatar e estimular a cultura histórica de Pederneiras. Em janeiro, conhecemos a história do ex-prefeito Michel Neme; em fevereiro, falamos sobre como era o Carnaval anos atrás; em março, conhecemos a história da Escola Paroquial Coração de Jesus, inclusive com depoimentos de ex-alunas.

 

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