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JUL
19
19 JUL 2021
MEMÓRIA PEDERNEIRAS: os jornais a partir de 1908
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Neste mês, o quadro MEMÓRIA PEDERNEIRAS conta a história dos jornais e imprensa em nosso município. Este veículo de comunicação passou por muitas mudanças com a origem da internet, mas mesmo assim, se adaptou e continua sendo um dos principais meios de adquirir informações e notícias não só no Brasil, mas no mundo.
O quadro traz também uma entrevista com o jornalista Josino Ismar De Conti Pereira, colunista da "Folha de Pederneiras". Conheça mais sobre alguns desses periódicos e outros jornalistas. Em breve, este quadro falará sobre os periódicos mais recentes de nosso município. 
Com pesquisa elaborada pela historiadora Anna Carolina Fonseca, todo mês o quadro MEMÓRIA PEDERNEIRAS aborda uma personalidade, prédio, evento, entre outros, que aconteceu em nossa cidade para resgatar e estimular a cultura histórica de Pederneiras.

 

 

Jornais publicados em Pederneiras a partir de 1908
 

O primeiro semanário que se tem notícia foi “Cidade”, de Arthur Bernardinelli, oficialmente publicado em 07 de março de 1908. Chegando à cidade em 1914, Manuel de Oliveira Fadiga dirigiu durante o tempo em que aqui residiu, entre 1920 e 1924, dois jornais: “O Imparcial” e fundou “A Comarca”. Em 1920 circulavam três jornais em Pederneiras: “A Atualidade”, “Tribuna do Povo” e “O Comércio de Pederneiras”, dirigido por Urias Ferreira.


Jornal A Comarca de Pederneiras 20 de julho de 1935



Jornal O Commercio de Pederneiras 22 de maio de 1937


A partir de 1924, iniciou a circulação de “A Tribuna”, dirigido por Pedro Jacinto e Olinto Fraga Moreira, e também “O Povo”, dirigido por Augusto de Paula Moreira.


Jornal A Tribuna de 15 de janeiro de 1926


Em 1925 surgiu “A Phantasia”, que em 1928 mudou para “A Comarca”, homenageando a recém instalação da Comarca de Pederneiras, sob a direção de Antonio Moreno, tendo como redator secretário o jornalista Délio de Carvalho e redator chefe Dr. Ubirajara de Oliveira. Em 1926 circulou “O Farrista”, dirigido por José Gonçalves e Délio de Carvalho; em 1927, “A Cidade”, fundado por Dr. Ari de Oliveira, que depois foi mudado para “A Comarca de Pederneiras”, sob a direção de Miguel A. Silva e, em 1928, por Dr. Gastão Frederico Unzer. Em 1929, Délio de Carvalho fundou, com a colaboração de Francisco Neubern Penteado e Dr. Iracy Ubirajara de Oliveira, “O Jornal”. Nesse mesmo ano, Délio de Carvalho também criou “A Fuzarca”. Mario Ferreira e Ranulpho Pacheco colocaram em circulação, em 26 de maio de 1929, o semanário “A Crítica”.


Jornal Comarca de Pederneiras 20 de julho de 1935

 

Em 1930, Rubens Jacyntho dirigiu o semanário da mocidade com o título de “O Paulista”. Em 1931, foi criado o jornal “A Reforma”, de propriedade e redação de Eliazar Braga Filho. Em 1932, Lauro de Almeida Leite editou “O Correio de Pederneiras” e nesse mesmo ano, José Falcão Filho, substituído por Américo De Marco e gerenciado por Pedro Molina, lançaram “A Mocidade”. Ainda nesse mesmo ano, o Dr. Mario do Rego Monteiro dirigiu o bissemanário noticioso da causa constitucionalista (Revolução de 1932), cuja denominação era “O Momento”. Também foi reiniciada a circulação de “O Comércio de Pederneiras”, antigo jornal de Urias Ferreira que, naquele momento, foi dirigido pelo fotógrafo Artêmio Mordacchini e teve como redator Dr. Ismar A. Ribeiro. Depois foi transferido para Fioravante Fabri com redação do Dr. Osny Fleury Silveira e Américo J. Ribeiro. Em 1941 foi adquirido por Antonio Barbosa Sansão e, em 1946, pelo Dr. Sahid Miguel Maluf. Em 1933, Délio de Carvalho fundou “O Nove de Julho” e dirigiu, junto com Miguel Silva e Augusto Viccário, “A Voz de Pederneiras”. Em 1938, Leôncio Silveira de Almeida fundou “O Imparcial”, que iniciou sua circulação em 26 de fevereiro de 1939.

No início da década de 1940, mais precisamente no ano de 1942, Jaime Brito fundou “A Folha de Pederneiras”, com sua primeira edição colocada em circulação em 19 de maio de 1943. Em sua primeira fase, permaneceu até primeiro de dezembro de 1946. Voltou a circular em 04 de maio de 1947 sob a direção a Kalil Sabbag. Em 1952 foi adquirida por Sahid Miguel Maluf e em 1955 por Mario Gavioli. Em 13 de janeiro de 1945, Francisco Ruiz Fernandes dirigiu “O Anchieta”, que era redigido pelo professor Antônio Serralvo Sobrinho, órgão interno da mocidade estudantil do Ginásio Anchieta e que foi reiniciado em 27 de agosto de 1964, com a direção do professor Wilson Ruiz Fernandes e redação de Celuta Nardy. Em 1954, ressurgiu “A Voz de Pederneiras” (de 1933) sob a direção do Fioravante Fabri e Afonso Miranda Catharino que, em 1958, passou a ser “A Voz da Comarca”, com circulação do primeiro número em 17 de janeiro de 1959. Nesta data era dirigido por Fioravante Fabri, redator chefe Alberto Clementino Moreira, secretário professor Afonso Miranda Catharino e tendo como redatores Pedro Paulo Lagreca Neto e Nildo Ferro. A Fundação Pederneiras de Ensino criou, em 25 de novembro de 1963, o “25 de Setembro”, dirigido pelos professores Humberto Moreira e Francisco Rodrigues, e redigido por José Antonio Dário.


Jornal Folha de Pederneiras de 07 de janeiro de 1962

 

Muitos outros jornais surgiram com o passar dos anos e futuramente, em outras edições do “Memória Pederneiras”, voltaremos a escrever sobre eles.

 

ENTREVISTA COM O JORNALISTA JOSINO ISMAR DE CONTI PEREIRA

Há dois meses, decidi que uma edição da série “Memória Pederneiras” deveria ter como tema os jornais mais antigos publicados em nossa cidade. O acervo do Centro Cultural “Izavam Ribeiro Macario” dispõe de alguns exemplares, quantidade relativamente pequena perto de tudo o que já foi produzido, mas que serve como fonte para variados tipos de pesquisa.

No processo de produção dessa pesquisa, o senhor Josino Ismar De Conti Pereira veio ao Centro Cultural acompanhado de seu filho, o jornalista Fábio Grellet Pereira, para realizar pesquisa nos jornais antigos de nosso acervo.



Sr. Josino Ismar De Conti Pereira


Durante o atendimento, o sr. Ismar relatou que atuou como jornalista do periódico “Folha de Pederneiras”. Não resisti à riqueza de sua experiência e de sua memória. Vou compartilhar aqui alguns relatos desse jornalista, agricultor e advogado pederneirense.


Edição de estreia de Ismar Pereira



Edição de estreia de Isma Pereira
 

O senhor Ismar Pereira nasceu em 26 de agosto de 1938, em Pederneiras. É filho de Gabriel Arantes Pereira e Virgínia Maria De Conti Pereira. Sua esposa é a professora Cibele Grellet Pereira, e o casal tem três filhos: Simone, Raquel e Fábio. Ismar fez o curso primário no Grupo Escolar de Floresta (atual Boraceia), estudou na Escola Paroquial Coração de Jesus, realizou o curso Científico nas cidades de Jaú e Bauru e tornou-se advogado pela ITE (Bauru) no ano de 1964.


Formatura Escola Técnica de Comércio Anchieta 1954
 

Ismar iniciou sua militância jornalística de forma inusitada. Durante muitos anos, o Clube Recreativo Comercial (CRC) realizou, sempre ao final do mês de julho, o baile “Adeus às Férias”. No baile de 1960, o sr. Ismar observou atentamente tudo o que acontecia no salão, desde a banda que se apresentava até as pessoas que estavam presentes, além da grande atração da noite, o cantor Gregório Barrios. Escreveu uma narração completa sobre o baile e apresentou a Mário Gavioli, dono do jornal “Folha de Pederneiras”. Mário gostou muito do que leu e publicou imediatamente. Foi criada então a coluna “Sociedade na Berlinda”, que durou cerca de seis anos. Como estudante de Direito fazendo uma incursão em seara alheia, Ismar usou o pseudônimo “Peri”, mistura de sobrenome (Pereira) e nome (Ismar), além da inspiração no índio personagem de “O Guarani”, de José de Alencar. Afinal, Peri e Ismar viveram na Floresta. A coluna logo ganhou uma linda ilustração de um casal vestido a rigor, feito pelo professor Wilson Ruiz Fernandes. Após cerca de três anos, o Peri, já civilizado, transformou-se em J. Ismar.


Ilustração de Wilson Ruiz Fernandes para a coluna  Sociedade na Berlinda
 

Durante anos, Ismar fez a revisão da “Folha de Pederneiras”, além de redigir as seções “Perfilando” e “Retrato a Marreta”, que antes se chamava “Retrato a Picareta”, fez algumas coberturas jornalísticas importantes, como a da mais famosa Feira de Ciências do ginásio Anchieta e da participação de Pederneiras no programa “Cidade Contra Cidade”, de Silvio Santos, exibido pela TV Tupi.


Coluna Perfilando



Coluna Perfilando 



Campanha para a disputa Cidade X Cidade



Campanha para a disputa Cidade X Cidade
 

Quando a Folha deixou de existir, Ismar passou a colaborar com “A Notícia”, de Durval Neves. Um artigo publicado naquele jornal, falando sobre o Frei Afonso Lorenzon, que havia falecido, foi enviado para o Santuário Nossa Senhora de Lourdes, em Botucatu, onde o religioso morara. O provincial leu a matéria e a levou para ser arquivada em São Paulo, na congregação. Outro artigo também acabou indo parar na capital paulista. Foi a matéria sobre a banda Réveillon. O texto foi posto em quadro e exposto no escritório do referido grupo musical.

Ismar colaborou também com o jornal e revista “Roteiro”. Publicou 25 crônicas no “Jornal da Cidade”, de Bauru. Teve matérias publicadas no jornal “Correio da Serra”, de Botucatu, e “A Comarca”, de Garça. Há três anos tem uma coluna fixa no jornal “Noticiantes”, de Bariri, com mais de cem crônicas publicadas, que oportunamente renderão um livro. Vamos aguardar!


FONTES:
Baú de Memórias (acesse clicando AQUI)
Rinaldo Toufik Razuk
Josino Ismar de Conti Pereira

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