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MAR
16
16 MAR 2021
MEMÓRIA PEDERNEIRAS: ESCOLA PAROQUIAL CORAÇÃO DE JESUS
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MEMÓRIA DE PEDERNEIRAS:

ESCOLA PAROQUIAL CORAÇÃO DE JESUS

Em outubro de 1930, um grupo de pessoas, entre elas Fausto Furlani, Virgínia Furlani, Antonio Ruiz Romero, Guerta Ruiz Romero, Francisco Neubern Penteado, Ana Lídia Penteado e Antonio Florêncio Pereira, com apoio do Pe. Ernesto Cangueiro, na época pároco da Matriz de São Sebastião, conseguiram da Congregação das Irmãs Passionistas em São Paulo, o compromisso de assumirem a direção de uma escola em Pederneiras. Tal acordo só poderia se concretizar sob a condição de que fosse adaptado o prédio da “União dos Moços Católicos”, que pertencia à Paróquia e estava localizado na rua Belmiro Pereira, esquina com a rua Santos Dumont. Sendo assim, foi fundada, em 21 de novembro de 1930, a Escola Paroquial Coração de Jesus sob a supervisão da Madre Provincial Irmã Anunciata Inanzi. Tomaram posse e assumiram a direção da escola, a Superiora Irmã Antonieta Farani e as Irmãs Joana Costa e Tereza de Paula.

As aulas na escola tiveram início em 15 de janeiro de 1931. Em 1936, uma nova comissão foi organizada para solicitar ao bispo diocesano de Botucatu (a diocese de Bauru a qual pertence nossa cidade foi criada no ano de 1964), Dom Luiz Maria de Sant’ana, a doação do prédio onde havia sido instalada a escola para a Congregação das Irmãs Passionistas. Dom Luiz compreendeu os objetivos da comissão e realizou a doação do prédio.

No ano de 1938 foi necessário organizar uma nova comissão para angariar fundos para a reforma do prédio. O objetivo foi alcançado e a reforma foi realizada. A execução de serviços de carpintaria, alvenaria e pintura foram gratuitos e realizados por José Corcioli, Jacintho Ghiraldeli e Irmãos Bigeli.

Com o aumento no número de alunos houve a necessidade de ampliar a escola. Em 3 de janeiro de 1958, Monsenhor José Montezuma doou, de seus recursos particulares, o dinheiro suficiente para adquirir o prédio anexo à escola. Na ocasião, o imóvel pertencia ao espólio do Dr. Décio Pereira. Com a venda, passou a pertencer à Associação Protetora da Infância de São Paulo, à qual era vinculada a Congregação das Irmãs Passionistas.

Na década de 1960, o antigo prédio deu lugar ao majestoso edifício que foi concluído em junho de 1968. Em 1967, a escola passou a ser denominada Instituto Coração de Jesus e oferecia cursos escolares (pré-escola e primário), datilografia, cursos livres de corte e costura, bordado e música. Por toda colaboração na educação e assistência aos cidadãos de Pederneiras, o ex-prefeito Michel Neme publicou a Lei nº 832 em 14 de maio de 1968, que declarou que o Instituto Coração de Jesus era uma entidade de utilidade pública. A escola se manteve nesse formato administrativo até meados dos anos 1990. Em 1989 foram encerradas suas atividades, contrariando a vontade da população pederneirense. Foram apenas mantidos os cursos de datilografia e música, aplicadas pela Irmã Afonsina Costa.

Formandos de Datilografia em 1969

 

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Irmã Antonieta Farani, paranaense, foi a primeira superiora da Escola Paroquial Coração de Jesus e por mais dois períodos, em 1936 e de 1946 a 1949. Essa notável religiosa está em processo de canonização, inicializado a partir da publicação de uma coletânea de biografias de religiosas passionistas.

O Instituto Coração de Jesus encerrou oficialmente suas atividades em 31 de dezembro de 2007, com as Irmãs Maria Célia Franco da Rocha e Virgínia Quartaroli.

 

Quadra do colegiopeMontezumaPeDurvalPeAgneloIrAngelicaMaIsabel1957menoMnaEscamenoMenaIrma03menoMenaIrma2menoMenaIrmamenoMena2menomenameninaveuirJoanaIrIriaPeMontezumaDrFuadTurma5s1945IMG-20210308-WA0019formandos1952formandos1948 - 3formandos1939 - 2formandosformando1950Escola Paroquial Coração de JesusDigitalizar0128Digitalizar0043Digitalizar0040Digitalizar0013Digitalizar0011Digitalizar0010Digitalizar0008Digitalizar0003Digitalizar0002Digitalizar0001desfileSagraCorcrincasPalcoalmocoFor1949

 


 

Irmã Afonsina 

 

 


ENTREVISTA COM YARA MADY BERTOLINI, EX-ALUNA DA ESCOLA PAROQUIAL

Yara Mady Bertolini estudou na Escola Paroquial Coração de Jesus entre os anos de 1950 e 1954. Me concedeu entrevista na semana passada, via WhatsApp. Em seus relatos, conseguiu transmitir suas lembranças e informações de como a Escola Paroquial Coração de Jesus funcionava na década de 1950.

Segundo Yara, o prédio da escola onde estudou é bem diferente do atual. Na verdade, nem existe mais. Nele haviam duas salas de aula, sendo uma para o primeiro e terceiro anos e outra para o segundo e quarto anos. Em frente tinha um pátio enorme onde era o recreio. Havia o "prézinho": "Você saía dos prédios principais onde se dava aula, descia para uma espécie de biblioteca onde ficava o prézinhos das crianças; anexo ao prédio principal havia o lugar onde as freiras ficavam, dormiam, se alimentavam; era um sobradinho ao lado do prédio principal; nunca cheguei a entrar lá, mas era bonitinho sim".

Yara se lembra que as freiras não só lecionavam o curso primário, mas também aulas de piano e datilografia: "Na cidade, quem queria aprender piano e datilografia, procurava o colégio". Citou alguns alunos que estudaram com ela, sendo eles Guilherme Fornazari, Maria Elena Pereira Bertolini, Jacil Conde Molina, José Edson Sória e Sandra Leila Mady Cury (irmã de Yara): "Muitos estudaram comigo, muitos faleceram, mas era uma turma bacana; você não imagina o que foi começar a escrever com uma caneta, não era Bic não, era uma caneta que tinha uma peninha, tinha um tinteiro; você tinha que aprender a escrever com a caneta e tinha o mataborrão do lado, era até estranho; hoje em dia, se alguém for escrever com aquilo, acho que faz uma ‘borração’ tamanha, que não tem jeito".

Yara lembra que as freiras eram muito prestimosas, cuidavam para que a escrita ficasse bem correta: "Começávamos com a caneta tinteiro, depois meu pai comprou a caneta Parker, que era um luxo na época".

Relembrou os festivais, as missões e as festas que as freiras faziam: "Eram festas maravilhosas, tinham apresentações de final de ano no Cine Anchieta e antigo Ginásio Dom Luiz (hoje Preve Objetivo); as meninas se fantasiavam de acordo com as nações; eu fui árabe, a Telma foi húngara e minha irmã foi italiana; eram lindas festas de final de ano; haviam também festinhas, como gincanas, onde eram divididos os alunos em dois partidos, um verde e outro amarelo; as gincanas eram realizadas para angariar fundos para as missões católicas".

ANTES

 

DEPOIS

 

Carteira escolar doada por Dirce Ap. Herrera Paiva - Acervo Centro Cultural "Izavam Ribeiro Macario" - Pederneiras/SP

 


 

DEPOIMENTO DA LARA SOARES DE OLIVEIRA MORAES,  EX-ALUNA DO COLÉGIO

 

Ahh, aquela casinha de boneca em meio a areia, pé de manga, inesquecível! Chão do corredor vermelhado, sempre brilhando e escorregadio. As Irmãs do Sagrado Coração sempre de branco, roupas longas, cobrindo os cabelos. Nossa maior curiosidade, minha particularmente, era saber a cor do cabelo delas. Mas a curiosidade ia além quando éramos escolhidas para levar algum recado para a casa das Irmãs, descer as escadas proibidas, ver como era a cozinha, a sala da casa das irmãs, o cantinho só delas. Era uma dádiva naquela época. Depois que fiz o pré no colégio das Irmãs, fui para outra escola, mas continuei frequentando as aulas de piano com a Irmã Afonsina e teoria musical com a professora Arlete Rodrigues, no colégio, como também aulas de Ballet com a professora Anna Esther Fraga. Abaixo do palco do auditório tinha um lindo piano em destaque, reservado para os dias de apresentações. Nesse mesmo palco eram também realizadas apresentações de ballet, pois o mesmo era todo equipado com coxias e corredores dos bastidores.

O Colégio era naquela época sinônimo de cultura, palco, piano, dança... no andar de cima do colégio tinha a sala de teoria musical, com vários instrumentos, côcos, chocalhos, sinos.... ao lado dessa sala tinha a área de aula prática de piano, com várias salinhas, umas 5 ou 6, cada uma com um piano para estudo diário, sempre com uma cadeira ao lado do piano para a Irmã sentar e acompanhar nossos estudos.

Vivenciei minha primeira audição de piano, meu primeiro festival de Ballet e minha primeira formatura escolar (fui estrelinha...foi show), lá no Colégio das Irmãs....um local que ensinou, mostrou e marcou de forma peculiar e cultural a minha trajetória, a minha história!!

 

Formatura Pré

Formatura Pré

 

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Casinha de boneca (para brincadeiras das crianças)

 

Primeira Audição

Primeira audição de piano

 

Segunda Audição

Segunda audição de piano

 


OBRAS SOCIAIS

 

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auladeCulinaria

 


 

PRÁTICA RELIGIOSA

 

vocacionados2005semaVocaRedentoristas1986poocissaoCorpChristpeVianaPePirolitodeCoroinhaPeMontezumamesSagradoCoracaoJesusirmasIgrejaformCoroinhasDigitalizar0137Digitalizar0136Digitalizar0028despertarVocaional1986despertarVocacional1987

 


 

OUTRAS FOTOS DO ACERVO

 

Pe. Luiz Ítalo Zômpero

Natural de Brotas, Pe. Luiz nasceu em 23 de dezembro de 1934. Em 1942 sua família residia na cidade de Pederneiras, onde frequentou a Escola Paroquial Coração de Jesus. Ingressando no Seminário Santo Afonso em 1944, recebeu o hábito em 1952 e fez os estudos superiores em Tietê/SP, onde foi ordenado em 1º de julho de 1958. Faleceu em 25 de setembro de 1981, quando o carro que dirigia capotou na estrada São Paulo – Curitiba. Há uma rua no Núcleo Habitacional Antonio De Conti que possui seu nome.

 

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Pe. Zômpero adulto

Pe. Luiz Ítalo Zômpero (adulto)

 

 

 

 

PADRE VIANA

Família Padre Viana

 

Amanda Veronez Gigioli

 

Pesquisa realizada pela historiadora da Prefeitura, Anna Carolina Fonseca, utilizando as seguintes fontes: 

  • Yara Mady Bertolini – Entrevista
  • Lara Soares de Oliveira Moraes – Depoimento
  • Site Baú de Memórias/Rinaldo Toufik Razuk
  • Legislação Municipal de Pederneiras
  • Carteira Escolar doada por Dirce Aparecida Herrera Paiva – acervo do Centro Cultural “Izavam Ribeiro Macario”
  • Lúcia Loureiro Pereira
  • Eunice Maria Furlani Nicolielo
  • FOTOS: ACERVO CENTRO CULTURAL “Izavam Ribeiro Macario”

 

MEMÓRIA DE PEDERNEIRAS

Recordar é valorizar a história de nossa cidade. Esse é o objetivo do quadro de reportagens especiais da Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura de Pederneiras. 
Com pesquisa realizada pela historiadora Anna Carolina Fonseca, todo mês é abordada uma personalidade, prédio, evento, entre outros, que aconteceu em nossa cidade para resgatar e estimular a cultura histórica de Pederneiras. 

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