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Este ano, o Carnaval será diferente. Em decorrência da pandemia de Covid-19, vários cidades suspenderam o ponto facultativo, entre elas, Pederneiras. Mesmo assim, a Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura de Pederneiras entrou no clima carnavalesco pra te contar como eram comemoradas as festas de Carnaval em Pederneiras.

Carnaval em Pederneiras

Em janeiro de 2009, Rinaldo Toufik Razuk, então meu colega de trabalho, realizou uma pesquisa sobre o Carnaval em Pederneiras para uma exposição para o Centro Cultural “Izavam Ribeiro Macario”. A exposição não chegou a acontecer, naquele momento, mas aqui o público poderá apreciar as fotos que ele pesquisou na época.

Bloco das Marinheiras (1941)

Corte do Rei Momo (1949)

Carro do Rei Momo (1949)

Basquete Carnavalesco (1951)

Garotas Unidas (1957)

Carnaval de rua (1958)

Turma dos 15 (1960)

Turma dos 15 (1961)

Carnaval (1962)

Futebol Carnavalesco (1963)

Futebol Carnavalesco (1963)

Turma da Nata (1963)

Bloco Apolo (1978)

Frasco de Lança-Perfume (Naquela época era permito – o presidente Jânio Quadros proibiu o uso em 1961)

Um pederneirense que participou de muitos carnavais de nossa cidade foi Armando Razuk (Barraca). Apaixonado pelas festas carnavalescas, “brincava”, como ele mesmo diz, o carnaval em bailes que eram realizados no CRC (Clube Recreativo Comercial), no Clube Alvorada, no GOP (Grêmio Operário Pederneirense), no Ginásio de Esportes (organizado pela Prefeitura Municipal) e foi destaque, junto com sua esposa Sueli Razuk, em vários desfiles anuais que aconteciam na rua Siqueira Campos. Foram também jurados para escolher os melhores blocos carnavalescos dos clubes. Em suas palavras, “o carnaval era animadíssimo, tenho muitas lembranças e muita saudade, parecia que a cidade era uma só família, era muito divertido, com muito respeito e muita alegria”. Armando afirmou ainda que, naquela época, os bailes de Carnaval aconteciam em 5 noites e 2 matinês. Lembrou também de alguns blocos como o “Disk Tem”, “Tô Indo”, “Corujão”, “Apolo”, “Costelão” e “Vai Quem Qué”.

 “A folia de carnaval é uma festa popular brasileira e eu sempre gostei!” - Armando Razuk

Um ícone dos desfiles de Carnaval de Pederneiras foi Francine Pomini Portilho. Desfilou por anos e muitas pessoas apreciavam suas fantasias. Em 2017, ela foi entrevistada por Rafael Bazo Jr, pesquisador residente em Lençóis Paulista, que lançou o livro “Diversidade Sexual, Cultural e de Gênero no Interior Paulista dos anos 80” do qual ela faz parte. Francine faleceu ano passado e fica aqui uma homenagem para essa cidadã carnavalesca de Pederneiras.

Pesquisa realizada pela historiadora da Prefeitura, Anna Carolina Fonseca, utilizando as seguintes fontes: 

• Rinaldo Toufik Razuk – Fotos

• Armando Razuk – Entrevista e fotos

• Livro: “Diversidade Sexual, Cultural e de Gênero no Interior Paulista dos anos 80”

Autor: Rafael Bazo Jr

Texto e edição: Kátia Sartori

1^a. Edição

• O frasco de lança-perfume pertence ao acervo do Centro Cultural “Izavam Ribeiro Macario” e foi doado por Daniel Massud Nachef.

MEMÓRIA DE PEDERNEIRAS

Recordar é valorizar a história de nossa cidade. Esse é o objetivo do quadro de reportagens especiais da Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura de Pederneiras. 
Com pesquisa realizada pela historiadora Anna Carolina Fonseca, todo mês é abordada uma personalidade, prédio, evento, entre outros, que aconteceu em nossa cidade para resgatar e estimular a cultura histórica de Pederneiras.